O professor não nativo

Muitas pessoas utilizam como critério de escolha de um professor de uma língua adicional o fato de ele ser nativo. Dessa forma, haveria uma garantia do nível de proficiência do docente. Contudo, ser nativo não garante um domínio da língua escrita, das diferentes variedades da língua oral, conhecimento de didática ou sequer interesse por linguística e ensino. Todos os aspectos citados são fundamentais para uma construção de conhecimento eficaz.

Então como saber se o professor está capacitado para o ensino de uma língua adicional? Ter um diploma universitário em Letras com ênfase na língua em questão atesta competência linguística e didática tanto no caso de nativos quanto de não nativos. Além disso, existem certificações internacionais que cumprem esse papel (como o DALF, Diplôme approfondi de langue française). 

Um professor não nativo já é por definição bilíngue, no mínimo. Ele passou por um processo de aprendizagem semelhante ao do aluno, tanto em termos de língua quanto da cultura alvo. Assim, ele se identifica com com muitas das dificuldades do aluno e sabe caminhos para superá-las.  

Acreditamos que o importante na hora de selecionar um professor é o percurso de formação trilhado por cada um, o interesse e a motivação pelo trabalho, e não o fato de ser ou não nativo. E você, concorda com a gente?